domingo, outubro 24, 2004

JP SIMÕES MUDA DE NOME

JP Simões, cantor e compositor dos Belle Chase Hotel e, mais recentemente, do Quinteto Tati, revelou ao IM que vai, a partir do mês de Dezembro, fazer-se conhecer por JB Simões.
A alteração é mínima mas já está a provocar alguma celeuma no meio musical nacional. Isto porque o músico português - que já fez parte de uma formação dos Pop Dell'Arte - vai adoptar a designação do seu patrocinador, a marca de whiskey JB.
"Um gajo tem que se virar. Hoje em dia quem não caça com haxe, caça com coca. Isto é um exemplo. Podia falar-te de esquilos e doninhas mas aí já metia ao barulho o Pacman e eu não tenho nada contra ninguém mas especialmente tenho tudo contra mim. Acho que é o Luiz Pacheco que diz que de manhã somos a iluminação, à noite somos cagalhão. Eu estou como ele: as noites para mim têm o cheiro dos confins. As entranhas nem sempre me dizem que sim ou que não; estão lá. E uma pessoa, por inércia ou desespero, vai ficando", começou por dizer-nos JP Simões antes de o abanarmos com força.
"A verdade é que já há bandas que vestem Carhartt, há tipos com ténis de uma marca, o sovaco a cheirar a outra. Eu assinei um contrato de dois anos com a JB. Eu bem queria também um acordo com a Gitanes mas parece que há um conflito institucional. Fiquei-me pela bebida", adiantou Simões ao IM. "Até há uns tipos do Porto que agora têm uma active-drink, pá. Eu fico-me pelo trivial e ainda devolvo as garrafas vazias!", concluiu.
Questionado sobre as contrapartidas que tal acordo poderá proporcionar, a agora denominado JB Simões foi vago. "Não se pode pedir tudo de uma vez. O mal dos músicos portugueses e desta cidade em particular é querer-se um prédio no Chiado quando só nos podem dar uma barraca na Curraleira. Uma pessoa tem que ser realista e se não há nada para além do que há, fica-se com o que se tem. E convenhamos que um contrato com a JB é bem melhor que um patrocínio das pastilhas Gorila ou da TVI, não é? Eu bem lhes quis impingir JB Mourinho mas os tipos não foram nessa".