terça-feira, outubro 26, 2004

SÓSIA DE DEVENDRA BANHART PODERÁ TER FEITO RUIR ESTAÇÃO DE METRO DE ARROIOS

Numa semana marcada pelo encerramento do túnel ferroviário de Campolide por motivos de segurança, os transportes da capital portuguesa sofrem mais um duro revés no seu normal funcionamento. Desta vez tratou-se de um aluimento de terras em plena estação do Metro de Arroios, no átrio que conduz à Praça do Chile.
De acordo com fontes policiais, os utentes do metropolitano de Lisboa que, às 9 da manhã de ontem, esperavam naquela estação o transporte para o Cais de Sodré, depararam com vibrações estranhas em todas as estruturas da estação, facto que não era, declaradamente, provocado pela proximidade de qualquer comboio. "Até as máquinas de picar o bilhete vibravam", disse ao IM João Paulo Bornal, que àquela hora se dirigia para o seu local de trabalho.
Outros relatos falam de "um tremelique inexplicável, parecia o vibra-call de um telemóvel quando o bolso das calças está furado e o celular resvala para a zona pélvica". Maria Angelina Rosmaninho, chefe da estação de Arroios, dá conta de "uma espécie de tremor de terra sincronizado, muito rítmico, com trepidações muito constantes".
A estação ficou parcialmente destruída, esperando-se que as obras de reconstituição demorem cerca de seis meses. Até ao momento, as entidades policiais não avançaram com explicações oficiais para o sucedido - a inspecção de obras públicas ainda há dois meses havia classificado a estação de Arroios como sendo de "segurança máxima" - mas, à hora do sucedido, foi avistado um sem-abrigo em tudo semelhante ao cantor e compositor Devendra Banhart a fugir, de guitarra na mão, em direcção à Alameda Afonso Henriques, uma pista que a polícia promete aprofundar.